domingo, 22 de novembro de 2009

21. Novembro. 2009

Passei a noite em branco. Uma confusão desmedida anda a invadir-me sem que eu perceba do que se trata, de onde vem e o que me quer transmitir com tamanho abuso.

Acordei cedo mas acabei por me deixar ficar entre os lençóis na esperança que o tempo corresse. Mas a presença da almofada conduz-me indispensavelmente ao campo da reflexão, possuindo-me de tal modo que poucas são as palavras a apresentar para tal acontecimento. Cheguei a sentir que tudo se tinha tornado demasiado monótono na minha vida. Há falta de uma certa adrenalina, risco, paixão, descontrolo...

Após o almoço, resolvi telefonar à Alice para combinarmos qualquer coisa. Pareceu-me cansada, um tanto revoltada e quase me recusou.
'Hummm... e onde queres ir?' perguntou.
'Não sei. Hoje és tu quem escolhe...'
'Sha, não me apetece sair.'
'Oh! Não digas disparates!!! Tens que arejar!! Não te faz bem ficares aí os dias inteiros metida!'
'Mas nem sei o que sugerir...'
'Ermmmm... Já sei! Ouvi na escola que está no museu uma exposição de arte contemporânea muito rica!'
'A sério? Ok! Então vamos...'
Assim foi. A exposição estava óptima e acabou por nos enriquecer às duas visto que ambas estudamos um recanto do mundo das artes.

Enquanto lanchávamos no café de sempre, a Al sugeriu que eu fosse até sua casa.
'Talvez não seja boa ideia... Os teus pais não gostam muito de mim, Al...'
'Hoje só vou estar eu em casa. Além disso ainda nem fiz o jantar... Podíamos inventar qualquer coisa! Que me dizes?'
'Parece-me óptimo!'

À tardinha, fomos para casa da Al, como combinado. Ajudei-a como prometido, apesar de não ter feito grande serviço, dado que a cozinha não é verdadeiramente o meu forte. Para compensar tal má forma, esmerei-me a pôr a mesa!
Jantámos em paz e sossego o prato maravilhoso que a Al tinha preparado. Arrumámos tudo e assim que nos sentámos no sofá, a Al apoderou-se de mim de uma forma tão descontrolada ao ponto de me levar a atingir um certo estado de excitação que já há algum tempo não sentia a seu lado.
'Parece-me que alguém está a fazer progressos!' provoquei-a.
Não respondeu. Levantou o seu corpo leve de cima de mim e puxou-me pelas golas do casaco. Por entre toques de lábios, fez-me movimentar à retaguarda até chegarmos ao seu quarto e levando-me de encontro a umas tantas paredes pelo caminho.

3 comentários:

Anônimo disse...

uauuuu! that's all i gotta say, parece que está tudo a melhorar para os teus lados :P
Take care

Paulinha disse...

Cada vez gosto mais de passar por aqui :D
Adoro o desenrolar de toda esta história :) so espero que tenha um final feliz.. Uma vez que a história poderá (penso eu, desculpa se estou enganada) ser um retrato da tua vida :)
beijinho *

sao disse...

cada vez melhor... dai o ausencia

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