Jenny

Nem sequer vos cheguei a apresentar propriamente a Jenny...

A Jenny é... de tudo um nada...

Não é propriamente uma "amiga" chegada, apesar de eu a considerar como tal, pois não deixa de exibir o seu toque incomparavelmente especial em mim... Sim... Infelizmente, já há muito tempo que é assim...
É completamente o meu oposto... Tem família formada, uma vida estável e aparentemente, tudo o que deseja para ser feliz.
A Jenny é a imagem desfocada e incompreensível que me acompanha todos os dias... é, sem dúvida, um dos pontos principais de todas as minhas confusões...

18. Outubro. 2009

Voltei a receber notícias da Jenny.
Andou longe por uns tempos... Residindo no seu mundo tão afastado do meu; assim passou os últimos meses.

Foi bom receber um sinal, por muito curto que fosse. Pareceu-me bastante feliz, o que designei de suficiente para me descansar no momento em que lia e relia as notícias que me mandara.
Palavras secas de agora, gastas pelo meu reler, na altura pareciam as mais entusiasmantes...
... afinal, ela lembrara-se, por segundos que fosse, de mim...

É de LOUVAR!...

É de louvar!... a tolerância que dizem ter... É de louvar!... o preconceito escondido... é de denegrir a imagem que travam... é de desconfiar da palavra que passam...
É realmente de louvar a teoria! é realmente de denegrir os actos...

Os meus olhos vêem:
Tolerância? Longe... Aceitação? Longínqua... Compreensão? A anos-luz...

E agora pergunto:
'Será realmente viável reflectir sobre sentimentos? Será realmente viável reflectir sobre as nossas tendências? Será realmente viável recusar a venda que já me acompanha há alguns anos?'

Conhecer(-me)

Desde sempre que tento descodificar os meus sentimentos e acima de tudo, desvendar para comigo aquilo que não transpareço ao mundo, mas que possivelmente seja.

... Talvez seja maior o sentimento que a noção...
... Talvez seja maior o conceito que a elaborada proposição...
... Talvez seja mais do que esse conceito... ou será termo?